quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Flez eventos: Projetado para crescer

o centro de Diadema, o primeiro shopping da cidade ganha forma. Sua concepção alia alto padrão arquitetônico com resgate de traços históricos e integração com a vegetação do entorno, numa combinação audaciosa que não perde de vista o futuro da região.
Uma antiga chácara, na região central da Diadema (SP), foi a área escolhida para
a implantação do primeiro shopping da cidade, o Praça da Moça. Situado nas imediações da tradicional praça, que leva esse nome, a 300 metros do calçadão e na divisa entre a área comercial e residencial da cidade, o empreendimento foi planejado não apenas para atender as necessidades atuais de seus habitantes.
Seu projeto – assinado pela Candusso Arquitetos e pela Argos R. Seleme Arquitetura – foi dimensionado para acompanhar o desenvolvimento urbano local, prevendo obras de ampliação futuras, sem a necessidade de grandes investimentos estruturais. Para Roberto Martins, da Empreendi Assessoria e Gestão de Investimentos Alternativos, empresa responsável pelo desenvolvimento e coordenação do projeto, esse foi um dos aspectos determinantes para a escolha da proposta. “A criatividade e a audácia na solução encontrada para o crescimento natural do shopping e da própria região, uma vez que o terreno é de apenas 20,6 mil m2 foi fundamental na decisão”, revela.
Mas outros elementos também deram sua contribuição, como a preservação da mata nativa e o alto padrão arquitetônico que, segundo ele, deverá se tornar um marco na cidade, influenciando futuras construções e contribuindo para elevar sua qualidade plástica. De acordo com Roberto Candusso, o projeto, que traz em sua fachada o estilo arquitetônico do início do século XX, procurou traduzir a vontade do cliente, que, ao lado de uma arquitetura funcional e integrada ao meio ambiente, ainda desejava resgatar a origem fabril de Diadema, um município que pertence à Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).
Conforme explicação de Martins, esse pólo industrial de médio e pequeno porte, localizado a apenas 17 km da capital paulista, cresceu sem planejamento desde seus primórdios, tendo sido elevado à categoria de cidade apenas em dezembro de 1958. Todavia, embora a viabilidade da implantação desse centro de compras tivesse sido constatada em 2002 por meio de pesquisas que apontavam para seu grande potencial, a legislação existente impedia sua construção. E somente em 2004, após a aprovação de nova postura municipal, isso se tornou possível.
O município conta com localização privilegiada, próxima à Rodovia dos Imigrantes e ao Rodoanel, possuindo atualmente cerca de 390 mil habitantes e grande perspectiva de expansão econômica, também no setor industrial e de serviços, superior a de outras cidades do Grande ABCD.

Preservação e sustentabilidade
Animado, o executivo da Empreendi declara que a proposta dos arquitetos agradou muito também por minimizar o impacto ambiental do Shopping Praça da Moça no entorno. “Boa parte da vegetação foi preservada e serão replantadas cerca de 50 árvores da mata original nas áreas de convívio, como paineiras, figueiras e palmeiras, entre outras”, comenta. Segundo ele, há duas praças de eventos, uma das quais descoberta, que poderão ser utilizadas para exposições, como de pássaros e flores, por exemplo, acrescentando que também a praça de alimentação é semiaberta, parcialmente instalada numa área arborizada. O próprio mall também permite acesso visual para esses parques, por meio de aberturas envidraçadas pelas quais a luz natural ilumina parte de seu interior, pois seu projeto de iluminação, além de investir em processos de economia de energia, procurou tornar o ambiente agradável aos clientes e usuários em geral.
Ele também destaca outras iniciativas que contribuem para a sustentabilidade do empreendimento. Uma área foi destinada à coleta seletiva e separação desse material, assim como para a coleta do óleo comestível usado nas cozinhas do setor de alimentação; conservado em tambores especiais, esse óleo deverá ser reutilizado possivelmente produção de biodiesel. Ainda dentro do campo ambiental, Martins diz que outros processos, como o de captação e reuso de água, estão sendo estudados para melhorias nesse aspecto.

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